Sua Vida é Importante!!

Considero que nosso sofrimento de agora não é nada comparado com a glória que ele nos revelará mais tarde.  

Romanos 8:18

Como eu prometi mais um texto para esse Setembro Amarelo, bem eu queria escrever ele nesse momento quando eu não estou muito feliz e nem muito triste, um texto com uma emoção normal para falar desse assunto tão sério como depressão e suicídio, como vocês já devem saber a depressão é a doença do século, milhares de pessoas são acometidos por essa doença e depois da pandemia tivemos um aumento significativo nos casos de depressão, há de se salientar que todo suicida é uma pessoa depressiva, mas nem todo depressivo é um suicida. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. Na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A médica psiquiatra Juliana Tramontina explica que a depressão é multifatorial. “Fatores biológicos, psicológicos e sociais influenciam para que o indivíduo tenha um episódio depressivo”.

As causas da depressão podem ser multifatoriais, incluindo componentes genéticos, bioquímicos e eventos traumáticos. Entre os fatores de risco estão transtornos psiquiátricos, estresse crônico, disfunções hormonais, alcoolismo e uso de drogas, além de doenças crônicas. O diagnóstico é clínico e deve ser realizado por médico após conversa com o paciente e avaliação do estado mental. O tratamento pode ser feito a partir da combinação de medicamentos e psicoterapia. O suicídio é uma ocorrência complexa, influenciada por fatores psicológicos, biológicos, sociais e culturais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Ainda de acordo com a OMS, as taxas mundiais de suicídio estão diminuindo, mas na região das Américas os números vêm crescendo. Entre 2000 e 2019, a taxa global diminuiu 36%. No mesmo período, nas Américas, as taxas aumentaram 17%. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios. Em termos proporcionais, o Brasil teve 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022, contra 7,2 em 2021.

Com esses dados vemos a necessidade de se falar sobre a depressão e suicídio não só nesse mês de setembro, mas durante o ano todo, instruindo e informando as pessoas para que possamos diminuir esses números. Nós como Igreja temos o dever de preservar e salvar essas vidas, e pela a minha vidão temos um erro gigante da Igreja para lidar com esses casos. Primeiro ponto estamos presos na religiosidade de acreditar que a pessoa que sofre de depressão, ou tenta um suicídio não tem Deus, muito pelo contrario muitos cristãos estão sendo acometidos por essas doenças, há de se ter uma conscientização nas Igrejas que depressão não é falta de Deus, isso não é falta de fé, é uma doença como qualquer outra doença que tem que ser tratada e cuidada por um médico e por medicamentos, terapia e ajuda espiritual também é muito necessária no tratamento. A bíblia está cheia de personagens que sofreram com a depressão e que até desejaram a morte ou amaldiçoaram o dia do seu nascimento, mas Deus mostrou a sua graça e cuidados com eles e também vai demonstrar a sua graça com as pessoas que estão sofrendo, devemos sempre de forma consciente e inteligente ajudar as pessoas que sofrem com a depressão a se manterem firmes, os motivando a NÃO cometerem nenhum ato contra a sua vida e o seu corpo.

Claro que devemos ter uma sensibilidade maior para cuidar dessas pessoas, primeiramente eles não querem lição de moral ou histórias de como a vida é linda e bela, eles querem ser ouvidos, o grande erro na abordagem para alguém que está no fundo do posso é dizer que a vida é bela quando na verdade ele está vendo tudo em preto e branco, sem cor e sem beleza, isso só empurra ele mais e mais para o fundo do poço, pois ele não consegue ver esse mundo maravilhoso que você tanto fala, então cuidado, fale pouco e escute mais, a pessoa com depressão só quer ser ouvida e notada, ela só quer sentir um pouco de carinho, ela quer se sentir importante e visível para alguém, então pare e escute ela. Segundo sem juízo de valores, você não é Deus para condenar ninguém, então a pessoa não precisa da frase "Suicídio é pecado", "Depressão é falta de Deus" e etc..., sinceramente isso mais atrapalha do que ajuda, são discussões que não acrescentam nada e nem ajuda a preservamos a vida dessas pessoas. Devemos ser o mais empáticos possível, não existe dor maior, nem dor menor, cada um sente as coisas de forma única, nunca menospreze a dor dos outros, seja sensível aos sinas que a pessoa dá, ela está pedindo ajuda e estamos ignorando esse pedido de ajuda. Sejamos muito mais atentos com o nosso próximo, que possamos amar o nosso próximo como a nós mesmo.

Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha. Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe. Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente. Onde buscar ajuda: CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde); UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais; Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).

Espero que tenham gostado, busque ajuda, sua vida é muito importante, me ajudem compartilhando o meu blogger para mais e mais pessoas serem abençoadas, baixem o primeiro livro desse blog 0800 em pdf clicando aqui, obrigado e que a graça de Deus esteja com você hoje e para todo sempre amém. Segue lá no "X" para ter mais informações sobre o blogger e não perder nenhuma postagem @MundaoSai, me sigam no Instagram também @nicolau11.