terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Resenha do Livro: Graça Transformadora – Luciano Subirá

Sai do Mundão

Paulo, ao escrever aos Colossenses e Gálatas, destaca a importância de compreender corretamente a graça de Deus, que vai além de um conceito teológico, sendo essencial para uma vida cristã frutífera e transformadora. Ele alertou contra distorções da graça, como o "outro evangelho" e a transformação da graça em libertinagem, temas abordados também por Judas. Esse desafio, presente desde os primeiros séculos, persiste hoje, com interpretações errôneas e adulterações da mensagem divina. Compreender a graça é fundamental para a salvação, e só é possível quando se reconhece a profundidade do pecado, herança de Adão, que afasta a humanidade de Deus. A igreja precisa, portanto, preservar a verdadeira essência da graça e resistir às distorções que ameaçam a pureza do evangelho.

Sai do Mundão
A graça divina já estava presente no Éden, não como resposta ao pecado, mas como manifestação do caráter eterno de Deus, visível desde o momento da queda, como evidenciado pelo sacrifício do cordeiro para cobrir Adão e Eva. A redenção, que começou com Adão, Noé e Abraão, aponta para o sacrifício de Cristo, com Abraão profeticamente reconhecendo o plano divino. O plano de salvação não se limitava à linhagem de Abraão, mas abrangia todos os povos, desde o princípio, estabelecendo a fé como fundamento. A Lei revelou a gravidade do pecado, mas o evangelho oferece a solução definitiva por meio de Cristo, cumprindo o plano redentor iniciado antes da Lei e se completando em sua obra. 
Após a vinda de Cristo, insistir na observância da Lei para justificação ignora seu propósito original, que era mostrar a incapacidade humana de cumprir os mandamentos e conduzir as pessoas a Cristo, o único capaz de oferecer redenção. A Lei e o evangelho fazem parte de um plano divino contínuo, mas é no evangelho que encontramos a consumação desse plano. A Lei, embora não salvasse, preparava as pessoas para a salvação, despertando nelas a necessidade de Deus e direcionando-as à fé. No Antigo Testamento, a salvação era alcançada pela fé na promessa do Messias, e a revelação do evangelho foi progressivamente construída ao longo das Escrituras, com eventos e figuras apontando para Cristo, que consumou a obra redentora de Deus.

Sai do Mundão
A Lei de Moisés, dada como um preparo temporário e profético, apontava para a obra redentora de Cristo, e seus rituais e símbolos prefiguravam aspectos da pessoa e missão de Jesus. Quando Cristo cumpriu a Lei, ele revelou seu caráter profético, mostrando que a Lei não era um fim em si mesma, mas fazia parte de um plano divino maior. A Lei preparou a humanidade para a nova aliança, apontando para a graça e a verdade de Cristo. Embora a Lei cerimonial tenha sido cumprida em Cristo e não se aplique mais aos crentes, a Lei moral, que reflete o caráter eterno de Deus, continua válida. A transição da Lei mosaica para a "lei de Cristo" não anula a existência de uma lei divina, mas introduz uma nova dinâmica fundamentada na fé, obediência ao evangelho e no exemplo de Jesus. Reconhecer a imutabilidade de Deus é essencial para compreender essa transição e garantir a confiança nas promessas eternas de Deus. 
A ideia equivocada de que não há juízo na era da graça ignora a imutabilidade de Deus, pois tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a graça e o juízo coexistem como expressões do mesmo Deus. A graça não nega a ira divina contra o pecado, mas oferece a salvação por meio de Cristo, onde a justiça de Deus é satisfeita e sua misericórdia se manifesta. A compreensão da imutabilidade de Deus revela que suas características, como amor, justiça e misericórdia, se complementam. O arrependimento é o ponto de partida para a salvação, reconhecendo o pecado e a necessidade de justificação, o que leva à fé na obra redentora de Cristo. A fé salvadora vai além de reconhecer Jesus como Filho de Deus; ela envolve crer na sua obra na cruz como suficiente para nossa redenção. Essa fé se manifesta em três estágios: identificação, apropriação e confissão. A jornada de fé inicia com a justificação, mas exige uma vida contínua em obediência, sustentada pelas promessas de Deus e pelo testemunho do Espírito Santo.

Sai do Mundão
A graça de Deus é um dom imutável que nos oferece segurança na salvação, uma certeza pessoal fundamentada na fé genuína em Cristo, não em nossos méritos. A metáfora da âncora em Hebreus 6.19 simboliza essa segurança, com Cristo sendo a âncora que nos mantém firmes, garantindo acesso permanente à comunhão com Deus através de seu papel como Sumo Sacerdote. Desde antes da criação, Deus planejou que fôssemos santos e irrepreensíveis, e a obediência é uma resposta natural ao Seu caráter. A graça, ao invés de substituir a obediência, nos capacita a viver de acordo com a vontade de Deus, transformando nossa natureza e permitindo-nos obedecer genuinamente, algo impossível pela Lei. Cristo não só nos resgata das consequências do pecado, mas também nos liberta da incapacidade de obedecer. 
A libertação oferecida por Cristo não se limita ao perdão dos pecados, mas também nos capacita a vencer a incapacidade de obedecer à Lei, concedendo-nos uma nova natureza que torna a obediência uma expressão natural de gratidão a Deus. A graça divina não só perdoa, mas também fortalece o crente a resistir ao pecado e a viver em santidade, permitindo que a tentação não leve à prática do mal. A vitória sobre o pecado é possível pela graça que opera em nós. A fé é o meio pelo qual recebemos a salvação, sendo um componente essencial do relacionamento com Deus. A soberania divina se manifesta de maneira harmônica com outros atributos como amor e justiça, e a graça não é irresistível, mas atrai o ser humano, permitindo-lhe escolher responder ao chamado divino. A interação entre a graça de Deus e a responsabilidade humana é fundamental, exigindo uma resposta ativa para alcançar a salvação e o crescimento espiritual.

Sai do Mundão
A graça divina é essencial para a salvação, mas exige uma resposta humana de fé, arrependimento e humildade. A Bíblia ensina que, embora Deus seja o iniciador da salvação, cabe ao ser humano responder à Sua graça. A interação entre a iniciativa divina e a responsabilidade humana é clara em passagens como João 5.40 e João 6.44, que destacam a necessidade de uma resposta ao convite de Deus. A graça pode ser bloqueada pelo orgulho, mas acolhida pela humildade. Além disso, os cristãos são chamados a cooperar com a graça e a crescer nela, evitando resistir ao Espírito Santo. A liberdade cristã não significa libertinagem, mas a capacidade de viver conforme a vontade divina, com responsabilidade. A verdadeira liberdade é viver dentro dos parâmetros da "lei da liberdade", que nos liberta do pecado e nos capacita a viver de maneira justa. 
A verdadeira liberdade em Cristo vai além do perdão dos pecados, transformando nossa natureza e nos capacitando a viver em obediência a Deus. A obra de Cristo oferece a provisão para a salvação, mas cabe a nós nos apropriar dessa graça, vivendo de acordo com ela. A liberdade cristã deve ser vivida com responsabilidade, considerando o impacto de nossas ações sobre os outros e sempre buscando o bem-estar espiritual do próximo. A santificação é um processo contínuo, que envolve tanto a justificação inicial quanto o crescimento progressivo em nossa vida cristã. Este processo é sustentado pela graça divina, que capacita o cristão a resistir ao pecado e a crescer na semelhança com Cristo, preparando-nos para Sua vinda.

Sai do Mundão
A glorificação futura é o estágio final da santificação, quando nossos corpos serão transformados e tornados semelhantes ao corpo glorioso de Cristo, completando o processo de libertação do pecado e da morte. A santificação é progressiva, começando com a justificação e continuando com a transformação ao longo da vida, até culminar na glorificação. Embora Deus nos ame incondicionalmente, Ele nos chama a viver de forma que O agrade, refletindo nossa compreensão do Seu valor. A graça de Deus nos capacita a viver de maneira digna do evangelho, e embora as obras não nos salvem, elas são a consequência de uma vida transformada. Nosso testemunho e serviço aos outros são essenciais, pois refletem a mensagem do evangelho e são parte da responsabilidade cristã. Além disso, Deus recompensará a fidelidade e a qualidade do serviço prestado, enfatizando a importância de um coração sincero nas boas obras, enquanto o galardão é dado com base no esforço e na disposição para cumprir o chamado divino. 
A segunda vinda de Cristo marcará o momento de entrega do galardão, quando os cristãos receberão recompensa por sua fidelidade e obras, culminando na justiça divina. A correção de Deus, sempre motivada por Seu amor, busca restaurar e educar, não punir. O amor e o temor a Deus se complementam, pois devemos amá-Lo e respeitar Sua autoridade. A severidade de Deus reflete Sua justiça, que visa redirecionar e restaurar, não destruir. A longanimidade de Deus, longe de ser impunidade, oferece tempo para arrependimento, e quando desprezada, leva ao juízo. A compreensão integral das Escrituras é essencial para evitar distorções como o liberalismo e o legalismo, reconhecendo que a obediência é uma resposta à justificação, não um meio para alcançá-la. A graça divina é transformadora, capacitando-nos a viver vitoriosamente, superando a tentação e evitando os extremos da permissividade e da rigidez.

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